A logística compõe-se de dois subsistemas de
atividades: administração de materiais e distribuição
física, cada qual envolvendo o controle da movimentação e a
coordenação demanda-suprimento.
Em seu livro “Gestão da cadeia de
suprimentos” Silvio Pires, também concorda que os dois
subsistemas apresentados por Macro Aurélio ainda são a base
da logística de materiais, entretanto ele indica em seu
livro a logística reversa na SCM, onde encontramos
outros dois fluxos de materiais que também precisam ser
igualmente gerenciados de forma efetiva: as embalagens e os
recipientes utilizados nos transportes e os produtos após o
fim de suas vidas úteis. Os dois geralmente apresentam um
fluxo contrário ao fluxo produtivo.
De modo resumido, podem ser incluídas entre
as atividades logísticas:
·
Especificação
·
Compras.
·
Programação de entregas para a
fábrica.
·
Transporte.
·
Controle de estoque de
materiais.
·
Armazenagem.
·
Previsão de necessidades.
·
Controle de estoque nos centros
de distribuição.
·
Processamento de pedidos de
clientes.
·
Planejamento dos centros de
atendimento e distribuição.
Razões de interesse
pela logística.
O próprio processo da globalização vem
desencadeando um enorme interesse por logística, pois a
descentralização de produção como de fornecimento tem
acarretado a esforços de maior raciocínio lógico para o
controle da economia mundial. Sendo que dia a dia a
velocidade de inovações, tanto no mercado de produção como
de marketing, levará aos investidores a prejuízos
incalculáveis e até mesmo irreversíveis para a sua empresa,
caso não faça a coisa certa no momento certo, para isto o
raciocínio deve estar a frente, com a utilização do que
chamamos de logística.
Para se ter uma idéia, podemos relatar seis
razões principais:
1.
rápido crescimento dos custos,
particularmente dos relativos aos serviços de transporte e
armazenagem;
2.
desenvolvimento de técnicas
matemáticas e do equipamento de computação capazes de tratar
eficientemente a massa de dados normalmente necessária para
análise de um problema logístico;
3.
complexidade crescente da
administração de materiais e da distribuição física,
tornando necessários sistemas mais complexos;
4.
disponibilidade de maior gama
de serviços logísticos;
5.
mudanças de mercado e de canais
de distribuição, especialmente para bens de consumo;
6.
tendência de os varejistas e
atacadistas transferirem as responsabilidades de
administração dos estoques para os fabricantes.
Dimensionamento dos
estoques
Dentro do processo logístico, nos deparamos
com variáveis que acarretam distorções no processo da
lógica, pois o que é ilógico levará conseqüentemente
anormalidades a logística dotada, entre as quais podemos
citar:
1.
periódicas e grandes dilatações
dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos
tempos de reposição para matéria-prima;
2.
elevação do número de
cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos
acabados;
3.
quantidades maiores de estoque,
enquanto a produção permanece constante;
4.
variação excessiva da
quantidade a ser produzida;
5.
produção parada freqüentemente
por falta de material;
6.
falta de espaço para
armazenamento;
7.
baixa rotação dos estoques,
obsoletismo em demasia.
Políticas de estoque
A empresa deve estabelecer certos padrões que
sirvam de guia aos programadores e controladores e também de
critérios para medir a performance. Estas políticas são as
diretrizes que, de maneira geral, são:
·
metas, quanto a tempo de
entrega dos produtos ao cliente;
·
definição do número de depósito
e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a serem
estocados;
·
nível de flutuação dos estoques
para atender uma alta ou baixa das vendas ou uma alteração
de consumo;
·
até que ponto poderá antecipar
compra com preços mais baixos ou comprando uma quantidade
maior para obter desconto;
·
definição da rotatividade.
Outros pontos que poderíamos incluir:
·
política de venda de materiais
inservíveis;
·
periodicidade de inventário de
estoques;
·
implantação de técnicas de
qualidade e meio ambiente;
·
planejamento no desenvolvimento
técnico de pessoal.
As políticas normalmente estão direcionadas
ao capital aplicado, pois as empresas como é lógico, são
estabelecidas para dar lucro a partir do Capital aplicado.
Analisando o problema de dimensionamento de
estoques sob o enfoque financeiro, podemos utilizar um
índice de retorno de capital.
RC = retorno de Capital
Que, multiplicado pelas vendas, pode ser
escrito da seguinte forma:
Como analisando em módulo anterior:
O giro do Capital será:
Se as vendas foram no valor de R$
1.800,00 e o Capital aplicado R$ 1.000,00, teremos um
giro de
Se então, reduzirmos em 20 % a aplicação
do Capital, obteremos um giro maior:
Desta forma, começamos a utilizar a
logística com raciocínio matemático, verificando que
quanto maior o índice de Giro maior será o lucro da
empresa.
Referência bibliográfica
DIAS, Marco Aurélio P.
Administração de materiais:uma abordagem logística.4ºed.São
Paulo:Atlas,1993
PIRES, Sílvio R. I. Gestão da
Cadeia de Suprimentos:conceitos, estratégias, práticas e
casos - Supply chain management. São Paulo:
Atlas,2004
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