segunda-feira, 25 de junho de 2012

Subsistemas de abordagem logística.

A logística compõe-se de dois subsistemas de atividades: administração de materiais e distribuição física, cada qual envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demanda-suprimento.
Em seu livro “Gestão da cadeia de suprimentos” Silvio Pires, também concorda que os dois subsistemas apresentados por Macro Aurélio ainda são a base da logística de materiais, entretanto ele indica em seu livro a logística reversa  na SCM, onde encontramos outros dois fluxos de materiais que também precisam ser igualmente gerenciados de forma efetiva: as embalagens e os recipientes utilizados nos transportes e os produtos após o fim de suas vidas úteis. Os dois geralmente apresentam um fluxo contrário ao fluxo produtivo.
De modo resumido, podem ser incluídas entre as atividades logísticas: 
·        Especificação
·        Compras.
·        Programação de entregas para a fábrica.
·        Transporte.
·        Controle de estoque de materiais.
·        Armazenagem.
·        Previsão de necessidades.
·        Controle de estoque nos centros de distribuição.
·        Processamento de pedidos de clientes.
·        Planejamento dos centros de atendimento e distribuição.
Razões de interesse pela logística. 
O próprio processo da globalização vem desencadeando um enorme interesse por logística, pois a descentralização de produção como de fornecimento tem acarretado a esforços de maior raciocínio lógico para o controle da economia mundial. Sendo que dia a dia a velocidade de inovações, tanto no mercado de produção como de marketing, levará aos investidores a prejuízos incalculáveis e até mesmo irreversíveis para a sua empresa, caso não faça a coisa certa no momento certo, para isto o raciocínio deve estar a frente, com a utilização do que chamamos de logística. 
Para se ter uma idéia, podemos relatar seis razões principais:   
1.      rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos serviços de transporte e armazenagem;
2.      desenvolvimento de técnicas matemáticas e do equipamento de computação capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessária para análise de um problema logístico;
3.      complexidade crescente da administração de materiais e da distribuição física, tornando necessários sistemas mais complexos;
4.      disponibilidade de maior gama de serviços logísticos;
5.      mudanças de mercado e de canais de distribuição, especialmente para bens de consumo;
6.      tendência de os varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades de administração dos estoques para os fabricantes.
Dimensionamento dos estoques 
Dentro do processo logístico, nos deparamos com variáveis que acarretam distorções no processo da lógica, pois o que é ilógico levará conseqüentemente  anormalidades  a logística dotada, entre as quais podemos citar: 
1.      periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos tempos de reposição para matéria-prima;
2.      elevação do número de  cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos acabados; 
3.      quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante; 
4.      variação excessiva da quantidade a ser produzida; 
5.      produção parada freqüentemente por falta de material; 
6.      falta de espaço para armazenamento; 
7.      baixa rotação dos estoques, obsoletismo em demasia.
Políticas de estoque 
A empresa deve estabelecer certos padrões que sirvam de guia aos programadores e controladores e também de critérios para medir a performance. Estas políticas são as diretrizes que, de maneira geral, são: 
·        metas, quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente;
·        definição do número de depósito e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a serem estocados;
·        nível de flutuação dos estoques para atender uma alta ou baixa das vendas ou uma alteração de consumo;
·        até que ponto poderá antecipar compra com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para obter desconto;
·        definição da rotatividade. 
Outros pontos que poderíamos incluir: 
·        política de venda de materiais inservíveis;
·        periodicidade de inventário de estoques;
·        implantação de técnicas de qualidade e meio ambiente;
·        planejamento no desenvolvimento técnico de pessoal. 
As políticas normalmente estão direcionadas ao capital aplicado, pois as empresas como é lógico, são estabelecidas para dar lucro a partir do Capital aplicado.  
Analisando o problema de dimensionamento de estoques sob o enfoque financeiro, podemos utilizar um índice de retorno de capital.
            RC = retorno de Capital
Que, multiplicado pelas vendas, pode ser escrito da seguinte forma:
Como analisando em módulo anterior:
O giro do Capital será:  
Se as vendas foram no valor de R$ 1.800,00 e o Capital aplicado R$ 1.000,00, teremos um giro de
Se então, reduzirmos em 20 % a aplicação do Capital, obteremos um giro maior:
Desta forma, começamos a utilizar a logística com raciocínio matemático, verificando que quanto maior o índice de Giro maior será o lucro da empresa.
Referência bibliográfica  
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais:uma abordagem logística.4ºed.São Paulo:Atlas,1993
PIRES, Sílvio R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos:conceitos, estratégias, práticas e casos - Supply chain management. São Paulo: Atlas,2004

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